Pobre, Grogue, coitado!
Não sei por que o fizeram
Grogue, doce engarrafado
De castigo o puseram!
Oprimido dentro da botija!
Não sei o que terá acontecido
Por muito estar envelhecido
Por onde andava não sabia!
Por muito estar envelhecido
Por onde andava não sabia!
No catre não tinha enxerga!
Em liberdade voam os passarinhos
Grogue, coitado metido na (grelha)
Vendo o sol aos quadradinhos!
Nem promessas de reposição!
Não venham com essas cantilenas
Todas belas, simpáticas, elas são
Gosto das loiras e das morenas!
Brotais cortes sofri!
Sem justificação o calote
Sem justificação o calote
Contra a política da morte
Justifico o que escrevi!
(Eduardo Maria Nunes)