Já em 2004, segundo o autor, em Lisboa,
havia um buraco onde cabia um autocarro.
havia um buraco onde cabia um autocarro.
Nove anos depois há um buracão
Que está a engolir os portugueses
Que está a engolir os portugueses
No reino de Sua Alteza
Sete rios nasceram
Parridos p'la natureza
Sete rios naturais
Que foram transformados
Em pequenos canais
Com o decorrer do tempo
Os rios mudaram a direcção
Para os lados de São Bento
Isto só veio a acontecer
Porque o Santo, já cansado
Acabou por adormecer
A LISBOA ESBURACADA
Tem um buraco bizarro
Com a boca escancarada
Para engolir um autocarro.
(António Maria Veríssimo)
(António Maria Veríssimo)