Não era alentejano rico!
era um rico alentejano
Colocou as cangalhas
no lombo do burrico
não era das Fornalhas
pois não tinha maçarico
nelas pendurou os alforges
estrada fora com o cachorrito
trabalhava para os senhores
porque era tão pobrezinho
nas costas tinha dores
no verão a ceifar o trigo
para comer tinha pouco pão
no quarto tinha um penico
tinha a enxerga no chão
em cima dela dormia
por que não tinha catre
tinha, lavatório e bacia
uma trempe, um alicate
na cabana onde vivia.
(Eduardo Maria Nunes)
A isso se pose chamar
ResponderEliminarPobreza franciscana
Neste caso e a rimar
Uma pobreza alentejana!
Aproveita bem o Maio
Que se está quase a acabar
Vem aí o Junho dum raio
Com calor até fartar!
E tu amigo poeta, escondido...
ResponderEliminarpor onde é que tens andado
o homem, o cão e o burrico
um a pé, outro no burro montado.
Por que não teria ela coração?
não era filha de uma alentejana
nascera ela da muita exploração
era sim mesmo a pobreza magana...
Uma história que pode ser de hoje.
ResponderEliminarGosto de burricos.
beijinhos
Eh, lááá! temos poesia a fartar
ResponderEliminarGraças à nossa reformazita
Vamos no campo trabalhar
Porque manda a passarita.
Não sabe voar aquela passarinha...
ResponderEliminarestá muito bem escrita a tua poesia
eles querem acabar com a reformazita
Sem penas, mete pena a avezinha!
Fiquei maravilhado com os repentistas que por aqui passam para responder ao teu excelente " O alentejano, o burrico e o cachorrito.
ResponderEliminarAbração.