Num cappote embrulhado, ao pé de Armia,
Que tinha perto a mãe o cha fazendo,
Na linda mão lhe foi (oh céus) mettendo
O meu mangalho, que de amor fervia:
Entre o susto, entre o pejo a moça ardia;
E eu solapado os beijos remordendo,
Pela fisga da saia a mão crescendo
A chamada sacana lhe fazia:
Entra a vir-se a menina... Ah! que vergonha!
"Que tens?" — lhe diz a mãe sobresaltada:
Não pode ella encobrir na mão ensaboada:
Suffocada ficou, a mãe corada:
Finda a partida, e mais do que medonha
A noite começou da bofetada.
(Bocage)
Eheheheh Amigo Eduardo este poema fez-me recordar bons velhos tempos.
ResponderEliminarUm abraço e um bom Domingo.
Bocage é um poeta único.
ResponderEliminarMalandro, o artista.
E destas terras sadinas.
Beijinhos
O Bocage e os seus poemas de ardil libidinoso.
ResponderEliminarRecordo uma conversa que ouvi em tempos:
Os portugueses são todos feitos de pau...carvalho ou pinheiro oliveira ou sobreiro...
Bocage é hilário. Sempre gostei dos escritos dele.
ResponderEliminarAbração.