"LAMENTA SOLIDÁRIO A PERDA DE SUA AMADA"
O corvo grasnador, e o mocho feio
O sapo berrador, e a rã molesta,
São meus únicos sócios na floresta,
Onde carpindo estou, de angústia cheio:
Perdi todo o prazer, todo o recreio...
Ah malfadado amor, paixão funesta!
Urselina perdi, nada me resta;
Madre terra! Agasalha-me em teu seio:
Da víbora mordaz permite, oh Sorte,
Que nos matas aspérrimos que piso
As plantas me envenene o tênue corte!
Ah! Que é das Graças? Que é do paraíso?
A minh'alma onde está? Quem logra...Oh Morte,
Quem logra de Urselina o doce riso?
(Autor. Bocage)
Olá padrinho Eduardo!
ResponderEliminarComo vai sua saúde?
Adorei este poema do Bocage, senti-me na selva com arãs, sapos e lagartos! Que bem eu me sentiria!
Um forte abraço.
PS: Brevemente irei postar em meus blogues.
Adamastor cruel! De teus furores
ResponderEliminarQuantas vezes me lembro horrorizado!
Ó monstro! Quantas vezes tens tragado
Do soberbo Oriente os domadores!
Parece-me que entregue a vis traidores
Estou vendo Sepúlveda afamado,
Co'a esposa e co'os filhinhos abraçado,
Qual Mavorte com Vénus e os Amores.
Parece-me que vejo o triste esposo,
Perdida a tenra prole e a bela dama,
Às garras dos leões correr furioso.
Bem te vingaste em nós do afoito Gama!
Pelos nossos desastres és famoso.
Maldito Adamastor! Maldita fama!
Bocage, in 'Rimas'
Como é que os meus Amigos Eduardo e Páscoa foram ao baú do Bocage tirar estes versos ou rimas não sei, não é definitivamente o meu ramo, mas dizia foram ao baú, mas se forem lá bem ao fundo do dito, descobrirão coisas assim mais para o picante, que seria mais do gosto cá do Rapaz, se não for muito incomodo e como o blog é do Eduardo, pesca lá um desses, porque estes são muito complicados para um analfabeto como meu.
ResponderEliminarUm abraço
Virgilio