Alferes Herculano de Carvalho,
o Carvalho cem e outras
achegas
No céu cinzento, sob o astro mudo
Batem as hélices na tarde esquentada.
vêm em bandos, com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada.
Se alguém se engana com o seu sorrir.
E lhes franqueia as portas, à chegada:
Só mandam vir, só mandam vir,
Só mandam vir e não fazem nada,
A toda a parte chegam helicópteros,
(vem em bandos)
Poisam nos tandos, poisam nas picadas...
Trazem no ventre "os cabeças d'ouro"
Que de guerrilha não percebem nada.
São os reizinhos do Niassa todo.
Senhores por escolha, mandadores sem punho,
Aceitam cunhas e dizem que não,
Passam a ronda sobre os céus do Lunho.
"Stou farto deles, 'stou farto deles,
Só mandam vir e não fazem nada,
Quantas "mercedes", senhor capitão,
Até agora foram fornicadas?!
Eu bem lhe disse que pusesse os homens
Detectando minas, fazendo emboscadas.
Lendo os papéis, lá na sua ZAC,
Gritam p'ra nós, mui enfurecidos;
-Foi de propósito, foi de propósito,
Foi de propósito que ela foi estoirada
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