Por determinação do Comandante do Batalhão de Caçadores 598, tenente coronel, Joaquim Correia Ventura Lopes, aquartelado em Vila Cabral, o pelotão de Sapadores, foi deslocado para o Rio Lunho, em Janeiro de 1965, tendo por missão, continuar a construçaõ da ponte sobre o referirio rio.
Após reunidas condições teve inicio a viagem, convitos de que iriamos encontrar alguns obstáculos pelo caminho. A seguir a Nova Coimbra, devido ao mau estado de conservação da estrada (picada), por causa das chuvas torrenciais que assolavam toda aquela zona. Tivemos muitas dificuldades em chegar ao Lunho, as viaturas, principalmente, pesadas, que transportavam excesso de carga, tendo a GMC, atolado, todavia, estava equipada com guincho, prendemos o cabo do mesmo a uma árvore que se encontrava á sua frente , mas como o peso era superior á capacidade suportável pelo cabo, o qual não aguentou o impacto, acabando por rebentar.
Fazendo deslocar o veio do seu lugar e causando avaria no mesmo, pelo que piorou toda a situação em que nos encontravamos. Por causa disso, o Comandante, do pelotão, retrocedeu a Vila Cabral, tendo no dia seguinte regressado com um mecânico para reparar a avaria. No entanto, nós já tinhamos, com muito esforço e alguma habilidade desatolado a GMC e, seguido para o, ainda, pouco conhecido lunho.
Só, passado algum tempo depois, ficou conhecido por estado de (MINAS-GERAIS), devido ao número elevado de minas explosivas colocadas nas picadas, por forças leais ao movimento de libertação (FRELIMO), Permanecemos cerca de três meses no lunho. Fizemos as rampas de acesso á ponte e nada mais. De momento, não tendo qualquer fotografia tirada na época a que faço referência, pesquisei no álbum da C.Çaç. 1558, pelo que peço desculpa pela minha ousadia.