domingo, 5 de outubro de 2014

"TOPADA"

Caiu do escadote abaixo!
no estábulo, um abegão
 à noite relinchava o macho
 de manhã a cantava o pavão.

"Noite escura, oh! diacho,
na cama às apalpadelas
disse, porra, arre macho
levei um coice nas canelas".

A caminhar, da sorte distante.
numa pedra deu dolorosa topada
do pé, saltou a unha do dedo grande
 azares coisas ocas, não têm nada.

 Diziam, dentro dum alçapão,
havia lá muito ouro escondido
 no escuro deu um  trambolhão
 sem nada na mão, pobrezito!
(Eduardo Maria Nunes)

4 comentários:

  1. Essa topada tenho eu dado, sempre que há eleições, a última doeu mais porque foi numa pedra, pensando que era um coelhinho fofinho, foi numa pedra dura e por muitos tratamentos que se façam continua a sangrar e a doer, já não sei se terá cura!
    Cá vai o meu abraço para ti meu amigo Eduardo.

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  2. Olá Eduardo! Passando para agradecer a tua visita e amável comentário, assim como apreciar mais um dos teus belos poemas.

    Abraços,

    Furtado.

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  3. Essa tua topada chega a ser cômica.È assim, levamos muitas topadas na vida, mas serve para nosso crescimento.
    Obrigado pelas mensagens poéticas que deixa lá no blog.
    Abração.

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CANCIONEIRO DO NIASSA

IMAGENS DO NOSSO CONVÍVIO, EM 08/10/2011.

IMAGENS DO CONVÍVIO REALIZADO DIA 9 DE OUTUBRO DE 2010

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