quarta-feira, 28 de maio de 2014

"O ALENTEJANO, O BURRICO E O CACHORRITO"

Não era alentejano rico!
era um rico alentejano
Colocou as cangalhas 
no lombo do burrico
não era das Fornalhas
pois não tinha maçarico
nelas pendurou os alforges
estrada fora com o cachorrito
trabalhava para os senhores
porque era tão pobrezinho
nas costas tinha dores
no verão a ceifar o trigo
para comer tinha pouco pão
no quarto tinha um penico
 tinha a enxerga no chão
em cima dela dormia
por que não tinha catre
tinha, lavatório e bacia
 uma trempe, um alicate
na cabana onde vivia.
(Eduardo Maria Nunes)

6 comentários:

  1. A isso se pose chamar
    Pobreza franciscana
    Neste caso e a rimar
    Uma pobreza alentejana!

    Aproveita bem o Maio
    Que se está quase a acabar
    Vem aí o Junho dum raio
    Com calor até fartar!

    ResponderEliminar
  2. E tu amigo poeta, escondido...
    por onde é que tens andado
    o homem, o cão e o burrico
    um a pé, outro no burro montado.

    Por que não teria ela coração?
    não era filha de uma alentejana
    nascera ela da muita exploração
    era sim mesmo a pobreza magana...

    ResponderEliminar
  3. Uma história que pode ser de hoje.

    Gosto de burricos.

    beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Eh, lááá! temos poesia a fartar
    Graças à nossa reformazita
    Vamos no campo trabalhar
    Porque manda a passarita.


    ResponderEliminar
  5. Não sabe voar aquela passarinha...
    está muito bem escrita a tua poesia
    eles querem acabar com a reformazita
    Sem penas, mete pena a avezinha!

    ResponderEliminar
  6. Fiquei maravilhado com os repentistas que por aqui passam para responder ao teu excelente " O alentejano, o burrico e o cachorrito.
    Abração.

    ResponderEliminar

CANCIONEIRO DO NIASSA

IMAGENS DO NOSSO CONVÍVIO, EM 08/10/2011.

IMAGENS DO CONVÍVIO REALIZADO DIA 9 DE OUTUBRO DE 2010

free counters