sábado, 20 de agosto de 2011

TELEFONEMA

                                        







Na forma de poema
Vou tentar escrever
Porque aconteceu
Este telefonema
  Como e onde se conheceram
Foi no Batalhão de Caçadores 598
    Eduardo Maria Nunes, 
  E Manuel Máximo de Jesus Toito
De viagem no Paquete Pátria
De Lisboa para Moçambique
Em Lourenço Marques desfilou
Foi num dia vinte e oito
Pelo Oceano Atlântico a nevegar
Nas águas calmas do Indico entrou
Para a cidade da Beira seguiu
No cais atracou
Onde alguns horas permaneceu
Ao fim do dia
Das amarras se desprendeu
Para o porto de Nacala
Se dirigiu
Onde chegou
1963, 1 de Novembro
Dia de Todos os Santos
Diziam que foi o primeiro barco
A   encostar áquele cais, se viu
Verdade ou não
De uma coisa tenho a certeza
Por uma tromba de água, fomas recebidos
Que a todos encharcou
Foi assim à chegada
Com a bagagem desprotegica
Toda, ela, molhada ficou
Com pouca alegria
E muita tristeza
Naquele dia
Nossa viagem continuou
De combóio até Catur
Depois de camioneta
A Vila Cabral se chegou.
Neste tema se escreveu
Muitos anos decorridos
Como foi que decorreu
Desta maneira se contou
Deste telefonema os motivos
Porque nossa viagem
Ainda, não terminou.

7 comentários:

  1. Viagem e «estadia» para nunca mais esquecer, foram anos de sofrimento não só para quem partia, sem saber se regressava, mas também para os seus Familiares e Amigos que por cá ficavam de coração nas mãos.
    Um abraço
    Virgílio

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  2. Olá querido e amigo Padrinho.
    Muito lindo este teu poema, como sempre.
    Desculpa só hoje, mas é que o trabalho não me dá tempo para blogar.

    Um abraço e bom Domingo.

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  3. No coração de um poeta, um telefonema vira poema,,,e une almas,,,abraços de boa semana pra ti meu amigo...

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  4. Isso é que foi uma viagem atribulada!
    E posta em verso então nem digo nada...!

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  5. Não dicas nada,
    Mas, não fiques calado
    Com tanta trapalhada
    Eles beijam o rabo?
    Quase fiquei espantado
    Ao ver o teu perfil
    Está tão bem retratado
    Que beleza baril?

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  6. Bonito poema Eduardo e nele bem descreves as peripécias daquela nossa longa viagem até Vila Cabral.
    Por referir ficou aquela tromba de água que no porto de Nacala a todos molhou e a nossa bagagem encharcou.
    Abraços

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  7. Boa noite amigo Joaquim Leiras. Obrigado pelo teu comentáro.
    Tive na ideia de fazer referência à dita tromba de água.
    Porque, ainda, bem me lembro. Quando fui pegar na asa da minha pequena mala de cartão quase que se desprendia do corpo da meesma.
    Tive que a transportar com muito cuidado até ao combóio.
    Esse conto terei que o enquadrar, num tema que se proporcione com a viagem.
    Desejo para ti, e para tua família uma boa noite.
    Um abraço
    Eduardo.

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CANCIONEIRO DO NIASSA

IMAGENS DO NOSSO CONVÍVIO, EM 08/10/2011.

IMAGENS DO CONVÍVIO REALIZADO DIA 9 DE OUTUBRO DE 2010

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