segunda-feira, 22 de novembro de 2010

HISTÓRIA VERÍDICA-ACONTECEU COMIGO.

Foi nos primeiros dias do mês de Novembro, do ano de 1963. Recém-chegado a Vila Cabral, hoje Lichinga, na provincia do Niassa-Moçambique, integrado no Batalhão de Caçadores 598, o qual ficou instalado no Quartel daquela cidade, que havia sido construído para acolher os militares do Exército.  No dia seguinte à nossa chegada, procurei o lavadouro, a fim de lavar a roupa que durante a viagem tinha sujado. Encontrado o dito lavadouro, onde já estavam a lavar sua roupa alguns camaradas meus e também lá se encontravam soldados negros pertencentes a uma companhia do recrutamento provincial.
Meti mãos ao trabalho e lá fui lavanda a roupa, que havia sujado. Pouco tempo depois um camarada soldado negro, chegou jundo de mim, fazendo-me a seguinte pertunga:- O nosso pronto não quer mainato? Sinceramente, não percebi o que era mainato! E a minha resposta foi! Não, obrigado tenho dentro da mala. Ele nada mais disse e afastou-se para o seu posto de trabalho e eu continuei no meu. Assim que acabei de lavar a rouba dirigime-me para a camarata e junto de outros camaradas procurei saber o que queria dizer a palavra mainato! Tendo sido informado que mainato eram os lavandeiros, na Àfrica Oriental Portuguesa e provincias do Oriente. Moral da história, o camarada soldado negro, deve ter pensado. Este branco deve ser  mau, ainda ontem aqui chegou e já meteu o mainato dentro da mala? Ou então deve ser mesmo muito burro? Não sabe e também não me perguntou que que era o mainato! Na verdade pensei que ele se estava a referir ao sabão, visto que  tinha um pequeno pedaço. Motivo pelo qual lhe disse que tinha dentro da mala!

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CANCIONEIRO DO NIASSA

IMAGENS DO NOSSO CONVÍVIO, EM 08/10/2011.

IMAGENS DO CONVÍVIO REALIZADO DIA 9 DE OUTUBRO DE 2010

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